Como se portar durante assalto?
Oscar Roberto Godoy, ex-árbitro de futebol, foi baleado em
fevereiro último, durante assalto na região oeste de SP. Após se recuperar,
contou que foi abordado por ladrão, que lhe pediu a chave do carro. Ao fazer
movimento com o corpo para pegá-la, pois estava no bolso traseiro de sua calça,
recebeu o primeiro disparo, aí resolveu se atracar com o criminoso, que ainda
desferiu mais 3 tiros. No dia 3 de março, um professor de 33 anos foi baleado
durante tentativa de roubo em São Caetano do Sul/SP. Durante a ação a vítima
foi baleada duas vezes, pois se recusou a entrar no veículo com os dois
criminosos. Tenho recebido muitos e-mails de amigos leitores que se dizem
perplexos com tantos casos de latrocínio (roubo seguido de morte). Solicitam
que eu forneça dicas de como se portar durante assalto. Vamos às orientações:
1)Não reaja, cerca de 80% das vítimas que investem contra assaltantes são
baleadas 2)Não realize movimentos bruscos. O problema é que o ladrão pode
interpretar de duas maneiras: A)O ladrão acredita que a vítima vai pegar uma
arma ou faca para reagir B)O assaltante leva um susto, contrai a musculatura, e
como o revólver está engatilhado, ocorre disparo involuntário. 3)Não tente fugir do local do crime. Muitos motoristas,
motoqueiros e pessoas a pé, tentam fugir do local, pois acreditam que
conseguirão sair ilesos e ainda proteger seus bens. Será que essa atitude é
correta? Tenho certeza absoluta que não. Entenda que as chances de bandido
disparar contra vítima em fuga é bastante grande. 4)Não pare carro no trânsito
com marcha engatada. 5)Não tente negociar com ladrão. Entrevistei diversas
vítimas que alegaram que durante assalto tentaram de toda maneira minimizar
prejuízo, pedindo ao marginal que não levasse agenda, correntinha de estimação,
documentos etc. O melhor procedimento para vítima é encurtar ao máximo a
duração do delito, assim o risco cessa mais rapidamente. 6)Não finja estar
passando mal. A proposta é que a negociação seja conduzida de acordo com nossas
orientações. Não tente simular desmaio, por exemplo. O marginal pode perceber o
engodo, ficar mais nervoso ainda e tomar atitude radical. 7)Obedeça as ordens
do ladrão. Os primeiros segundos do assalto são os mais tensos, pois o
criminoso ainda não sabe qual vai ser a reação inicial da vítima abordada.
Aguarde o marginal apontar o que deseja e em seguida siga as orientações.
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