A escolha do Rio como uma das cidades-sede da Copa do Mundo
de 2014 não é só um prato cheio para os amantes do futebol. É também sinônimo
de oportunidades. Nesse contexto, um setor se destaca: o de segurança privada.
Mais de 50 mil profissionais devem ser empregados em todo o país. No Rio, esse
número pode chegar a 18 mil.
O aumento da demanda é uma exigência do Comitê Olímpico
Internacional (COI), que prevê que, em cada estádio, aproximadamente três mil
vigilantes sejam responsáveis pela segurança. Eles serão treinados para atuar
em conjunto com as polícias Federal e Militar.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Segurança Privada
do Estado do Rio (Sindesp-RJ), nos últimos três anos, a demanda por vigilância
particular no estado tem crescido em torno de 15% a 20% ao ano:
Ainda segundo o presidente do Sindesp-RJ, Frederico Crim
Câmara, a expectativa é que o mercado continue se expandindo, mesmo depois da
Copa.
— Com a Copa e as Olimpíadas, o Rio deve fortalecer seu
turismo. O serviço de vigilância está num momento de excelentes perspectivas e
não deve estagnar tão cedo — defende Frederico Crim Câmara.
Atualmente, o salário de um vigilante varia de R$ 800 a R$
2.500, dependendo de seu grau de especialização. Os profissionais precisam ser
certificados e reciclados a cada dois anos. No estado, há 12 cursos
credenciados pela Polícia Federal e pelo Ministério da Justiça.
Extensão é diferencial
Segundo o coordenador do Alcancy Curso de Formação de
Vigilantes, Daniel Antônio Toledo, mais do que a preparação técnica e
operacional, o mercado de segurança exige formação cada vez mais abrangente,
com ênfase nos treinamentos psicológicos e de atendimento ao público. No caso
de eventos internacionais, como Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, até
o aprendizado de um novo idioma pode ser um diferencial.
— Damos treinamento para profissionais lidarem com pessoas e
com os equipamentos mais modernos do mercado. Não basta formar vigilantes, mas
profissionais completos de segurança — diz.
Foi em busca de satisfação pessoal e com a expectativa de
bons salários que Aurélio Pereira Martins, de 33 anos, abandonou o emprego como
analista de sistemas para ingressar no mercado da segurança particular. Além da
formação básica de vigilante, ele está fazendo diferentes cursos de extensão na
área:
— Para entrar no mercado, é preciso se qualificar. Já penso
na demanda da Copa e das Olimpíadas e, por isso, estou me preparando ao máximo.
Leia mais:
http://extra.globo.com/emprego/copa-do-mundo-vai-gerar-50-mil-vagas-para-vigilantes-1604869.html#ixzz2RQAl4LcP
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